segunda-feira, 1 de junho de 2020

O diabinho no ouvido


Me recuso a ouvir a mosca da treta. Sabe aquela pessoa que alimenta o capetinha do ombro? Eu não sou dessas. Se a briga terminou, eu dou a paz do silêncio como resposta. É, por isso que primeiro critico não meus pensamentos. Parte das tretas começam com ouvir a própria amargura. A outra parte é dar ao orgulho ferido um rosto. Temos a viciante ideia de ao ser ferido, magoado ou prejudicado, a melhor das respostas internas: " Ele (a) vai ver só...". Nisso nos armamos como quem coloca um traje para batalha. Para quem quer ter paz, isso dura algumas horas, dias ou o tempo de um pranto. Para quem quer se auto envenenar, muitos anos, ainda é pouco. Não existe uma resposta adequada para nossas crises. Cada um sente como ninguém jamais sentiu, talvez a lição é esta, se olhar para frente quando não temos como responder. Por isso mesmo, não olho Lives de ninguém que não posso convidar para minha casa. Muito menos redes sociais de gente do passado. O veneno está lá, pronto,mas quem bebe sou eu,se quiser. Nem mesmo insisto em sentimentos que não podem nascer. Temos que gastar energia no que dá para atacar. Recuar nos que serão derrotas certas e sorrir para quem doa fácil.

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