Compreenda que não posso te fazer
feliz; isso é você que escolhe, tendo outras prioridades além da busca pela
perfeição do amor.
Aceita que ninguém pode preencher
lacunas deixadas por outros. Aceita que as cicatrizes que marcam sua face, alma
e coração, são suas, feitas pela vida para te ensinar. Aceita que os
sentimentos nascem com propostas diferentes. Ninguém pode ser igual ao outro,
nem podemos exigir das pessoas que nos aceitem, ou que seja similar ao que
idealizamos. Uma amiga outro dia falava
da péssima qualidade do filho de escolher suas “mulheres”, sim ela usava plural
para defender os fracassos amorosos do filho.
Eu disse a ela: “Será que ele não tenta buscar nessas mulheres a mesma
coisa que fracassou na que mais amou?”. Ela deu duas pausas para pensar... E
assentiu que sim... Talvez seja isso mesmo, disse ao final. Aceita que toda história tem de ter um começo,
não tente atropelar o momento. Assim como o fim teve sua história. Admita que
você possa estar vivendo de aparências, dando justificativas e respondendo a
pessoas que não vão viver a sua vida. Aceita que vive numa prisão de ideias e ideais,
construída para te impedir de ser feliz, cujo carcereiro é você mesmo. Se
pararmos de bancar o(a) “humilde”, a “vítima”, talvez possamos enxergar além
dos nossos problemas.
O ruim de tudo é que vivenciamos círculos
intermináveis, escolhas iguais, retóricas de um relacionamento que nunca para
de ter conflito. Queremos mudar o mundo e as pessoas, encaixá-las dentro de
nosso escopo e assim reduzir para manipular. Sim! Você pode não ser a vítima
nesta história. A maioria só se joga depois que sabe aonde quer cair. É assim
na mudança de emprego, no término da relação, espera arrumar algo para
substituir, mas não tem coragem de sozinho resolver. Quando chegarmos ao estalo
emocional de deixar de ter medo de sofrer por qualquer coisa, de deixar entrar
o ar fresco na casa, de revelarmos o que somos sem esconder as nossas
imperfeições... Lógico que temos quilos a mais, olheiras, celulite, baixos,
altos, desengonçados, sem diploma, com diploma, falamos demais, tímidos
demais... Todo mundo é alguma coisa imperfeita, seja em qual planeta for – não há
porque deixar de ser o que se é... Não pelos outros. Mude se isso vai te trazer
resultados. Mas, não se esconda da vida!
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