Certo dia, uma amiga que havia perdido seu cãozinho, teimava
em dizer : “Existe um céu para os animais... tenho certeza disso!”. Na minha
ótica, nunca li em nenhuma cultura que isso se quer fosse possível, mas vá lá
que ela é super-paranormal e viu isso em meio há 7 bilhões de pessoas, fora os
que já morreram. A única, a saber, deste céu. Eu disse que não havia, mas ela é
obcecada em percorrer sua vida, detestando as pessoas e privilegiando os animais.
Ela só não sabe que talvez seu “carma” seja este mesmo: “aceitar as pessoas”.
Vai passar pela vida, sem entender a razão dela. Outra pessoa que conheci, teve
uma perda maior, bem mais dura, perdeu um ente querido. Tem a mesma tenacidade
da outra do cãozinho, percorre seus dias, tentando provar que a vida continua
do outro lado de lá e que consegue se comunicar, etc.
O que sei? – Sei que ninguém foge, esconde-se, ou nega-se a
morte! Dói mais em algumas pessoas do que em outras, mas tudo é principio da
vontade de Deus, querendo ou não, vamos passar por isso, vivendo e vendo
pessoas que amamos ir e ou depois, nós mesmos. Se eu fosse um espírito e direi
agora isso: - Fulano(a) não fique me procurando, vá viver a sua vida! Milhares de
pessoas perdem anos, se desgastam, ficam doentes, por não aceitarem a partida.
Uma vida inteira que vai junto. Se um médium disser que incorporou tal pessoa e
esta disser que te ama, mas que quer ficar com você por perto, ou que te pede
para entrar para aquela religião ou seita, corra! – É o capeta! O luto é
benéfico para nos trazer serenidade e tornar a vida uma RAZÃO MAIOR DE SE
VIVER. Qualquer coisa que passa do limite do tempo da dor é doença espiritual!
Que se revela quando erguemos um altar pessoal para a pessoa que partiu. Quando
velamos uma presença que não existe mais indefinidamente. A terceira pessoal
que é obcecada a meu ver, é aquela que cultua a si mesmo. Sim! Temos aos montes
hoje em dia. Fica horas e horas, dias e dias, tentando justificar a si mesmo e
sua presença no mundo, enaltecendo suas qualidades, ocultando seus defeitos e tentando
ser uma pessoa que nunca chegará a ser. Ninguém é belo por toda vida, muitos
menos inteligente, rico ou sábio o suficiente para servir de exemplo. Tornar-se
um obcecado por si é doença grave; afeta a capacidade de discernir os próprios
erros. É muito parecido com aquela pessoa de outro texto “feliz 24h por dia”;
não existe! Ser simples, exigir do próximo apenas o que damos, facilitar a
partida da dor e não trazer para si um peso que o ombro não possa suportar, é a
melhor das tarefas diárias que devemos ter.
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