segunda-feira, 17 de junho de 2019

Não se diminua porque não sabe mexer com a nova tecnologia.

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Não se diminua porque não sabe mexer com a nova tecnologia.
Vez por outra, largue as redes sociais. Nós somos bibliotecários dos novos tempos. Precisamos de pó, de ácaros, de poeira voando pelos olhos; o espirro é a prova viva do nosso túnel do tempo. Está na nossa mente e nas caixas velhas, empoeiradas guardadas com muito estima em cima dos guarda-roupas, toda uma história física. O passado que tem papel, fotos, marcas de sentimentos e rasgo de folhas de cadernos.
É preciso se dar ao trabalho de abrir as caixas e rasgar os lacres, desalinhar o cabelo, para romper o passado diante dos olhos.
Ter a coragem de passar a vista nos cadernos, e envelopes, cartas e cartões postais de natal. É preciso ser forte para lembrar-se do que escreveu como escreveu e se recebeu. Observar a nossa caligrafia, as mudanças, as épocas, os sentimentos interpostos. Faça um questionamento, se emocione. Tenho certeza que existe todo um passado de risos, gargalhas e profundas perdas. Se já se questionou enquanto lia isso aqui, perceberá indubitavelmente que nenhuma lembrança morre quando marca nossa vida. O mundo vira uma miniatura. Cabe dentro do coração. Nossos dedos dedilham fotos, reconstituindo rostos e silhuetas, registrando escolhas e episódios inéditos demarcados em livros de sinopses de filmes. Quem nunca escreveu ou anotou canções para nunca serem ditas? Quem nunca voltou de trás para frente e do final para trás fitas cassetes para ouvir uma só canção? Plays!REC – tocou de novo a tradução. Vários rostos serão novamente atuais. Concluirá, talvez agora chorando que ninguém desaparece se já guardou em uma caixa. Emocionado, cantará baixinho aquela música e se permitirá desafinado ouvir-se de dentro para fora, sem críticas. Tomará mais uma vez a coragem de ler a cartinha de amor, desta vez sem rancor, só para se sentir feliz de novo. Talvez se questione se existe ainda alguma tristeza, mas responderá a si mesmo: - “Me deixa viver” Do fundo das lembranças sentirá o perfume e a presença da pessoa de novo. Havia ali tantas juras e promessas de que NUNCA MAIS... MAS TUDO É ETERNAMENTE ETERNO DENTRO DA GENTE.

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