quarta-feira, 1 de julho de 2020

O novo "normal".


Se você é um daqueles que sonha que a partir de um decreto tudo volta ao normal, sonha! Fica dormindo que a realidade não será esta! Tudo caminha para um prognóstico mais duro. Quem não poupou está falido. Quem poupou está quase quebrado, e os únicos que vão sair desta crise serão os que possuem a poupança e o extra em dinheiro. Ontem, 29/06 eu vi isso in loco. Uma empresa maior entrando em contato com o dono de uma sala que já existia uma empresa. O mais rico queria o ponto. O menor não conseguia nem pagar os alugueis atrasados. O dono do imóvel tomou a única decisão possível... Pediu despejo.
O mais rico poderia esperar para que o menor pudesse tomar a decisão normalmente? Talvez sim, mas ele não quis, tomou o caminho mais fácil. Atravessou o destino do outro. Tem sido assim em todo país. Em qualquer período negro da história industrializada da humanidade, pessoas e empresas prosperaram em cima da desgraça alheia. Alguns estão à espreita do melhor negócio. Só esperando surgir. O novo "normal" fará surgir à tona a parte mesquinha, preguiçosa, das pessoas. Você já deve ter reparado nisso quando viu supermercados abertos e Mini mercados fechados. Grandes redes de farmácia e fast fod lucrando e restaurantes familiares quebrando. Para a população um outro melhor tomará o lugar, não sentirão falta. Até porque, esses entregam em casa, dividem no cartão, possuem redes sociais transadas. Acontece quê: Uma pessoa de carne e osso estava à frente daquela pequena farmácia ou negócio, um ser insubstituível no coração daqueles que o ama. O novo "normal", não vai começar amanhã, e nem vai ficar restrito há um anúncio governamental. " O pico vai ser tal mês", não vai rolar assim. Vamos abrir e fechar. Recomeçar e desistir, talvez o Natal seja dentro de um isolamento social de araque. Igual como estamos vivendo. Gente que paga mil reais em um pedaço de pano e chama de Abadá. Nenhum ser humano atual tem suporte psicológico para isso. Não os nascidos na década 90.

Nenhum comentário:

Postar um comentário