quinta-feira, 9 de julho de 2020

Acabou a pandemia?


Acabou a pandemia? – Não! Mil vezes não! Acontece, entretanto, que você não amarra as pessoas em casa por meses a fio. As duas coisas não coexistem juntas. Em 1918 morreram entre 50 e 100 milhões em três anos de pandemia, sabe o que é isso? É a mãe de todas as pandemias! A população ficou 9 meses em casa, depois foram trabalhar e viveram suas vidas. O Brasil teve 35 mil mortes. A pergunta que permeia o momento é se estamos banalizando as mortes. Se for sincero, direi que sim, estamos banalizando as mortes... Pergunta a qualquer pessoa da saúde com 30 anos de carreira, ela dirá que a morte faz parte da sua vida cotidiana, assim como qualquer policial, militar em guerra, donos de funerária, coveiros e uma gama enorme de pessoas que passam a ter o cenário como comum. Não é culpa de ninguém! Não é ser frio ou insensível. Tenho plena certeza que a morte pessoal e próxima de um parente dói uma enormidade para eles, para todos de igual maneira. Porém, os humanos possuem a capacidade de se adaptar as diversidades, e uma hora ele passa assimilar como “normal”. No documentário sobre os 15 anos de Guerra que tivemos, teve um momento que o cidadão comum, não se importava mais com nada. Desde que ele sobrevivesse mais um dia, estava ótimo. Não tente entender as pessoas sob sua ótica.


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