quinta-feira, 30 de julho de 2020

A generosidade é uma alma bipartida




Existiu um período na minha história que eu considero das coisas em que vivi - a mais sinistra, a mais escura forma de escuridão. Conheci neste mesmo período uma moça que foi sui generis, realmente singular. Ela enfrentava uma crise pessoal de autoconhecimento, enquanto eu, de não saber aonde ir ou o que fazer. Ela queria deixar de existir – eu de me perder.
Ela dizia que seria minha amiga de qualquer jeito. Se não fosse pela “coincidência” do momento, teria sido por um tropeção na calçada. O destino cruzaria na nossa vida, contra qualquer fato que fosse o contrário. Eu não acreditava nisso, mas me permiti entender que o que não sei, já é o suficiente para me obrigar a ter uma visão aberta sobre as coisas. Foi realmente uma amizade de autoajuda, para ambos. Sem nenhum efeito ou conotação sexual. De um ser humano para outro – sem nunca terem tido um passado.
Eu não acreditava em suas palavras. Hoje acredito que tem gente do BEM, em detrimento do mundo.
Vez por outra, o universo mostra pessoas tão generosas que vêm ao mundo com uma alma bipartida. Quando eu perdi a minha alma, ela me emprestou a sua outra metade.

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