quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ter o controle...

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Eu já disse para uma pessoa não só uma vez: “Quanto mais se quer o controle, menos se tem”. Fato! Não estou dizendo para viver uma vida de irresponsabilidades. Não se trata de jogar tudo para o alto, até pode ser – conheci pessoas que renasceram melhores quando se perderam. Mas pode ser também alguém que toca a campainha e saí correndo... Você pode não saber quem vai atender, assim como quem vai chegar a sua vida. Querer ter controle é se privar das novas experiências. Por outro lado, o bom de ser ter o controle é que o calendário da cozinha marcará todos os dias da semana com precisão a nossa agenda. Não o ter controle, te permite um dia diferente, onde tudo pode acontecer ou nada; vislumbra-nos o friozinho da espera na barriga, das possibilidades de se viver o suspense do dia e da resposta.
Na verdade, vivemos correndo na antecipação das coisas, tentando antever o dia do amanhã, abdicamos do hoje, para uma promessa de futuro melhor. É a lógica de controlar as ações, contratamos um seguro para o automóvel, um plano de saúde para o dia que a febre chegar, a escola para o filho advogado, a casa para fugir do aluguel, um concurso para ter estabilidade. Veja que eu não falei do “pessoal”, porque é na mesma lógica de controle que deixamos de viver o presente achando que teremos um futuro previsível usando as mesmas ferramentas. Ou o mesmo que praticar a tentativa de antever a dor da Frustração. Abdica-se do “pessoal” pela sombra do controle.Gente simples sabe a dor da frustração, reconhece e aprende como contorna-la para mais um dia lutar, porque não faz do controle a sua única alegria. Ás vezes não controlar tudo é a mais simples forma de viver.

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