segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Duvido


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Sou nada religioso, deixei de acreditar na santidade dos homens que curam outros homens para serem divinos. Mas, ainda possuo certas superstições sacras. As mantenho para me dizer o quanto sou pequeno. Acredito no poder do talismã que cultivo dentro de mim. Acredito que espelhos são como riachos que correm pelas paredes. Refletem nossas desavenças, repetem os nossos erros, cheios de memória, eles captam o melhor e o pior de mim.  Talvez, por isso eu encobria todos eles quando garoto. Espelhos comunicam a verdade nua e crua de quem você é; não do que pensa que é.
Creio também em energias, telepatia de pensamentos comuns e na tangibilidade de se tocar em alguém sem estar presente. Se não aceitar que existem coisas nas quais ainda não compreendo, a vida fica muito vazia - perdida sem uma alma. Viver não é só dar nós em cadarços de calçados. Acredito também em pessoas que são eternas barreiras, para tudo que se argumenta, existe uma porta fechada em sua vida.  Uma vez eu dormia no quarto da casa de minha avó, acordei no mesmo horário de sempre: Nenhuma outra preocupação, nenhum perturbação, sono limpo dos justos, a diferença é que ao olhar para o teto, eu vi o céu, sem explicação alguma, todas as telhas da parte da casa em que eu dormia caíram. Nenhum som. Nenhum aviso. O sol iluminava-me o rosto em dia de domingo, céu azul, dia esquisito. Acreditei daquele episódio em diante, que certas coisas são feitas para só nós acreditarmos, mais ninguém.

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