quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Cabine telefônica para os mortos

Japão, quanto mais conheço, mais admiro esse país.

Jamais vou perder a admiração que tenho por essa raça milenar. Mais de cinco mil anos de história, e eles continuam sendo cordiais, educados, honrados, sinceros e ao mesmo tempo introspectivos. É confuso, eu sei, mas bate com o tipo de vida deles, cuja a maioria é xintoísta ( sem religião ) e o restante budista; Há quem seja os dois e aceite bem isso.

No tsunami de 2011, morreram mais de 20 mil pessoas, mais que a população inteira de Cabedelo. E, eles não fizeram alarde, não foram nas redes sociais reclamarem e nem nada. Acho que por saberem que a vida tem suas ações próprias, e por não terem o cristianismo como base, Deus para eles é como o tempo, que explica tudo, sabe tudo.

A parte bonita é a criação do telefone do vento. Vai quem precisa, quem crê, ninguém destrói nada, não pincha nada.

Consiste apenas em um símbolo, para que as pessoas que pensam poder falar com seus entes queridos, que façam com toda paz que precisarem.

Outro dia, falei da Floresta Negra. Lá por ano morrem mais 100 pessoas por suicídio. Hábito condizente com sua cultura. E não vão buscar os corpos, nem profanam os mesmo, salvo alguém que aciona a polícia e pede pra localizar.

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