terça-feira, 19 de maio de 2020

A doença da alma

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Tem pessoas que chegaram até aqui como sobreviventes. Em meio a tudo e vendo mundo se fechando a sua volta. Pessoas já estão esgotadas mentalmente. Somatizando seus medos e perdendo a fé. Hipertensas, deprimidas, dividindo a vida com gente que superficializa o mundo, trocando sua dignidade por meia dúzia de likes...
Não é por menos que o número de bundas sendo expostas aumentaram aleatoriamente no mundo das redes. Enquanto isso a vitiligo assombra a alma de quem só precisava de paz. Aumentou as anginas de peito. Aumentou o uso dos ansiolíticos e todos os demais medicamentos que bloqueiam o desespero. Sorrisos outrora fáceis de se identificar pela incapacidade de ser profundo, hoje estão ocultos pelos medicamentos. A dor não é partidária de ideologias. Mas, nossa frieza, sim! Nossa volatilidade em explicitar peitos e bundas, pernas, o que comemos e ou que bebemos, é um subterfúgio para não mostrar aonde está pegando mais em nós.

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