Ele passou a pensar:
- Então é morte por suicídio ou me entregar à depressão silenciosa,
própria dos que perderam a alma
se é que já teve um dia.
Escolheu uma terceira
À loucura
Própria dos que escolhem dizer
O que pensa
O que sente
O que deve
Assim, escolheu verbalizar
Falou o que tinha por falar
na linguagem minimalista dos loucos
Cada um
Em cada canto daquela casa
Aprendeu a ouvir por meses a ele e a si mesmo
Incrédulos
Pois na voz dos loucos
ou aprendemos a nos entender ou fugir
No mundo normal
usamos de meios termos para com tudo
Nos segurando
Nos aprisionamos na hipocrisia das palavras
Todos sumiram
Resultando na única presença possível
A da paz
Nem sempre é bom cuidar dos excessivamente normais
Sadios por fora
Maluco somos nós, quando não nos fazemos compreender em todos os pontos.
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