terça-feira, 24 de abril de 2012

Quando o sucesso não depende só de uma bunda

Quando se fala de bunda, o padrão brasileiro vem em primeiríssimo lugar no mundo em preferência masculina. Óbvio que em outros países também gostam muito dos quadris largos, por sinal toda américa latina gosta.

Toda essa porção genética protuberante é retratada em pinturas dos séculos 15, 16 e 17.

A mulher de quadris largos é boa parideira, tem ótima reserva de gordura e coloca filhos fortes no mundo, bom... pelo menos sempre foi esse objetivo.

Com o surgimento do Carnaval no Brasil e a miscigenação de índios e negros africanos, a mulher brasileira passou a ter uma bunda mais saliente que o normal, sendo que com curva tipo S do SENNA. Isso não existia no mundo!

As de bunda grande eram todas gordas e atarracadas.

Essa cinturinha de pilão com bunda de pata pra trás, apoiada em coxas torneadas e poderosas, apareceram nas mulatas. E com o carnaval, cada ano se acentuava aos olhos vistos como eram formosas nossas mulheres. Mas... Isso era quase de exclusividade da negra brasileira, pois as branquelas ainda estavam em fase de mutação.

Até que por volta do final de 70, começaram a chegar as bundas brancas na TV:

Claudia Raia, Isadora Ribeiro. Gretchen, Rita Cadilac, Magda Cotrofe, Aldine Muller, Luiza Brunet e etc.

Depois nos anos 90 aterrissou na Bunda-Brasilis as beldades: Tiazinha e Feiticeira. Que por sinal mostrou como se pode colocar fermento numa bunda branca e ficar tipo as mulatas do Sargentili.

Daí foi um pulo nas academias e suplementos para surgir a Bunda mais famosa da nova era. A MELÂNCIA, vulgo Andressa Soares ( é invertido mesmo).

A Bunda chegou, parou e ficou no imaginário masculino. Causando uma enxurrada de bundas invejosas a pipocar nos bailes funks. Toda fruta da cestinha que minha mãe colocava na fruteira apareceu na TV.

Morango, Pera, Maçã, Melão e a banana? (Não tem, essa ficou para os travestis que estão despontando também).

Mas uma Melancia de bunda grande segura audiência?

Segura até quando não se tem outra no mercado. Ou quando os leitores assíduos de banheiros cansam da capa da playboy ou sexy. Daí só a próxima bunda para sustentar a tara.

E o que fazer quando não se pode mais crescer uma bunda?

- Troca se o televisor para 60 polegadas?

Lógico que não né! Bota na geladeira para consumo posterior.

É o que parece que aconteceu com a Melancia e outras “bundades”; até que de repente surgiu uma idéia melhor, porque não terceirizar a minha bunda? ( minha não, pô, a dela!).

Melancia colocou nos seus shows a Jessica Barbosa, uma discípula da Bunda Divina para executar suas rajadas fulminantes no palco. O que tá dando lucro e também dor de cabeça para a patroa, empresária, agente de bundas -  será que o reinado esta chegando ao fim? E quando a concorrência é grande, vale a pena descer o palavrão no mais baixo escalão para atrair a macharada para sua bunda hoje cansada e velha de guerra?

 

 

Achei apelativo demais a letra que a Melancia resolveu cantar! Sei que em bailes funks da comunidade o que vale é a letra suja, verdadeira etc. Mas quando você chega a esse limite, depois de desfilar por emissoras grandes e tudo mais, só resta esperar a brasileirinha lançar:

A Bunda que faz o suco entornar – Breve nas Locadoras e bancas de Revista mais próxima

Nenhum comentário:

Postar um comentário