terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Crianças matando Crianças

paisfi2

Matéria

http://g1.globo.com/parana/noticia/2011/12/estudante-de-15-anos-confessa-ter-matado-colega-no-parana-diz-policia.html

 

Chegou um tempo que agora é “ legal” criança devolver o bullyng praticado na escola.

Desde que o garoto rechonchudo deu o troco no moleque que adorava bater nele, virou cool revidar com a mesma intensidade ou maior ainda. Note que no vídeo que passou desta ação, o garotinho jogou o menino com tanta força, que se tivesse acertado a cabeça do garoto no chão, seria morte na certa.

Nada haver! Não estou querendo aqui defender o bullyng!

Sou filho de nordestinos, criados em São Paulo. Comecei a levar troça bullyng, cacete, bordoada, xingamentos, desde os cinco anos. Tinha que me defender, já até pensei em matar um moleque de tanto que me enchia de porradas, o tal do “ Alemão” que contei num post lá nas antigas do blog.

Mas, não fiz, e acho que foi Deus que me ajudou.

Só que não justifica, ação violenta alguma. Veja como acabou o caso do assassino da Escola. “ Doze crianças mortas”

O sacrifício serve como reforço da alma, não como bala de canhão para futura desforra. Três jovens na matéria que estou enviando aqui resolveram se juntar para matar a facadas outra colega, que eles diziam serem caçoados por ela,. Tipo de gozação costumeira, de todo colégio. Isso existia no tempo da minha avó. E vai continuar existindo sempre. Mesmo que o Lula tenha dado geladeira, TV e carro para serem comprados a credito. O convívio social entre classes distintas A X C ainda não é aceitável ao ponto de vista da classe A.

Hoje mesmo vindo da corrida matinal, me deparei com dois colégios que ficam na mesma rua.

O primeiro Colégio tem nome e peso acadêmico. Custa caro e é top do top dos pais e filhos para futura faculdade.

O Segundo é particular também, mas é... digamos... um colégio particular... Nada mais do que isso. Sem desmerecer, apenas é melhor que estudar em escola Pública.

Vi duas cenas surreais, quando passava por eles.

No colégio “ comum” parava um Tucson, com um pai dentro, deixando o filho na esquina, quase nem se despedia do garoto, o deixava não na porta mesmo, mas próxima dela. O moleque tinha uns 8 ou 9 anos. O carro era lindo, mas dava para sacar que o pai não tava podendo bancar o colégio mais caro e famoso, que ficava do outro lado, logo em frente. Preferia bancar o carro, do que os estudos do filhote.

No colégio “ famoso” tinha estacionado de frente, um Uno 2005, com o pai deixando a filha de 15 anos, paradinho lá, esperando até que ela entrasse pelo portão principal.

Dava para perceber que este, queria bancar os estudos.

Percebe-se ai que esse exemplo que vi de manhã, se encaixa perfeitamente no contexto geral da noticia divulgado pelo G1.

Pais em conflitos jogam as crianças em conflitos com total despreparo para o que vem pela frente.

Lógico que tanto no colégio de pobre, como no de rico; todas as crianças envolvidas estarão sofrendo enormes bloqueios sociais e psicológicos.

“As crianças, que estudam no colégio de “ pobre” vão questionar, sacanear e mesmo machucar os que estão lá passando uma temporada de “ pobre”; com seus pais metidos de carrões maneiros e conta zero.

Já no Colégio de rico, não será diferente; o preconceito é o inverso, mas o resultado para criança é o mesmo. – Bullyng!

Os pais e educadores devem ter papel fundamental, na associação dessas classes tão distintas. Principalmente o pai orgulhoso e arrogante que chega de carrão, financiado em 60 meses, com mensalidade do colégio atrasada. Ele não quer entender, que seu exemplo afeta tanto ao filho, quanto sua omissão em explicar e fazer entender sua aparente queda financeira.

No caso dos jovens assassinos, que viram na tentativa de se livrar de um estorvo qualquer, a chance de ter um grupo coeso, deu a ideia de força coletiva. Se um deseja matar, já é serio, avalie um grupo? Três jovens, meninos e meninas, em conjunto, planejando, executando, com ajuda de outros colegas, um assassinado de uma pessoa que eles acham que odeia, apenas para ter seu bando protegido? Aonde vamos parar?

Agora a coisa degringola mesmo! Não basta um serial killer, vai surgir uma nova forma de matar, igual aos filmes dos garotos americanos e suas escolas da fidalguia ordinária. Não se encaixa? Não aceita ser explorado? Vai morrer!

E a morte desse caso em especifico, tem requintes de crueldade. Uma coisa é você disparar um tiro, que em 90% das vezes, atordoa e mata na hora.

Outra bem diferente é usar de armas como facas, pedaço de pau, bastões e toda forma de mecanismo para tirar a vida de um ser humano, igual a você, sabendo que aquilo demora minutos, às vezes horas para chegar a um desfecho final. Aqui no episódio dos capetas adolescentes, foram dadas várias facadas na menina que veio falecer hora depois.

Deve ser pensar que apenas bandidos de alta periculosidade é que tem tamanho sangue frio!!

As crianças, por parte da culpa da ociosidade, acharam que hoje, vale tudo para se ter estabilidade emocional; pois os pais em questão estão tirando isso deles, com suas luxúrias, devaneios, de crescimento econômico a qualquer custo. O custo esta ai, a conta também, que paguem os PAIS & FILHOS – já dizia Renato:

 

Estátuas e cofres
E paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.
Dorme agora:
É só o vento lá fora.
Quero colo
Vou fugir de casa
Posso dormir aqui
Com você?
Estou com medo tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter
Nome de santo
Quero o nome mais bonito.
Refrão:
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar,
Na verdade não há.
Me diz por que o céu é azul
Me explica a grande fúria do mundo
São meus filhos que tomam conta de mim
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa que nem me lembro mais
Eu moro com meus pais.
Refrão:
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar,
Na verdade não há.
Sou a gota d'água
Sou um grão de areia
Você diz que seus pais não entendem
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você.
O que você vai ser
Quando você crescer.
http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/pais-e-filhos.html#ixzz1fle1Qs9c

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