segunda-feira, 25 de julho de 2016

As chances que a vida dá.






Um homem numa cama de hospital com câncer recebe um aviso do médico que poderá viver até 06 meses no máximo.  

Divorciado, mas casado novamente com uma nova esposa cinco anos mais nova que a anterior, ele resolve aceitar uma droga experimental para ter uma chance, e assim se submete o experimento. Antes chama a ex-esposa e filhos para conversar, todos sensibilizados aceitam fazer parte dessa nova rotina de drogas e dor. 
A atual esposa fica enciumada e vai embora, deixando-o no hospital;  mas nada disso importa. Ele esta de novo com a família reunida e nem liga para o ciúme dela.

O resultado da nova droga é positivo e o câncer esta curado. Todavia com 24 horas de diagnosticado como curado de câncer, ele teve seu fígado totalmente envenenado e seu novo quadro agora é de :  " se não fizer um transplante compatível, morrerá em 03 dias".

 Se antes eram 06 meses, agora virou tragédia total. Rapidamente ele perde perdão a antiga esposa, agora ao lado dele, jura amor aos filhos e a ela; e fica resignado esperando o fim previsto.

A ex-esposa muito desesperada, vai até o irmão do ex-marido, cujo problema é que não se falam há 10 anos, pobre, motorista cheio de filhos e com dois empregos, recusa-se a ajudar o irmão mais novo, por ele nunca ter ajudado quando precisava. Com muito tato ela o convence e o sensibiliza também, fazendo o reencontro deles no hospital e recebendo do irmão adoentado um pedido de perdão, ele resolve doar um pedaço do fígado. O tempo de recuperação é de 30 dias, e isso afetará ainda mais as finanças do irmão doador; mas ele decide fechar questão e doa o fígado. Tudo vai às mil maravilhas e o homem fica curado em 15 dias, com fígado novo funcionando. Ainda dentro do hospital ele liga para atual esposa mais nova e a chama para reatarem a relação e o casamento, mesmo sabendo o que ele disse a ex-esposa no hospital. O irmão doador, indignado pergunta ao outro:
- Más por que você agora vai voltar atrás com a esposa nova?
- Meu irmão... Na hora da morte a gente quer morrer com as pessoas que sabemos que gosta da gente de verdade, mas vivos nos queremos aquelas que nós gostamos mesmo...
Moral da história:
Chances são para quem as de fato precisa. Ninguém esta sofrendo de verdade por algo que não precisa expiar.

O destino



O meu destino é de ninguém...


Diversas vezes eu ouço ou leio as pessoas propagarem teorias orientais sobre o destino. E na maioria esmagadora  relatam a ideia que " tudo está escrito, nada pode se fazer ". 

Mas, será mesmo?  O destino da pessoa está escrito? Resposta: Sim. 
Então é imutável? Resposta: Não! Nunca foi imutável.

Então posso afirmar que o destino da pessoa foi cumprido? Resposta: Sim, pode...
Más, de forma alguma o destino é fixo. 
De forma alguma o destino da pessoa esta escrito apenas de um jeito ou com um fim previsto. 

Quem não lê toda a filosofia oriental, recebe das pessoas apenas esse contexto e pensa que é assim que se destinam todas as pessoas, principalmente filmes e novelas que não esclarecem tudo.

Seja qual for sua decisão sobre algo, o destino estará escrito sim. Mas são diversas variantes possíveis para cada decisão diferente que se toma. Cada decisão nossa abre-se um caminho novo para um fim diferente.

Eu tenho duas filhas. Logicamente que cada uma foi uma tomada de decisão diferente, e sempre fui eu o dono do meu destino. Muita gente fica reclamando que se tal coisa não tivesse feito, hoje estaria melhor ou nada de ruim teria acontecido com ela ou com outro; o que é uma verdade apenas relativa. Depois que se toma a decisão, realmente nada pode mudar, foi fechado com destino, mas antes sim – antes poderia ter tido qualquer rumo, a escolha era sua.  

A gente começa a perceber essas riquezas de detalhes quando se questiona hoje sobre fatos já concretizados. Exemplo 2: Você hoje achando seu ex marido ( esposa) uma pessoal ruim, abdicaria de ter tido um filho ou filha com ele? Arriscaria nunca ter sido mãe ou pai, para voltar ao tempo e não ter encontrado tal pessoa?

Pense  e reflita ai vários momentos da sua vida, e perceba  esteve sempre no controle e  na posição de ter tomado alguma decisão; e para cada uma tinha uma situação diferenciada se vislumbrado para o futuro.  O que você fez? Fez algo? Nada fez? Deixou o tempo resolver? Pois é o destino é água corrente... nunca se sabe em qual mar vai desaguar.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Minha Infância - Fase do aprimoramento



Lembrando das pulseiras

Eu estava vendo agora uma matéria velha sobre as pulseiras coloridas e como elas foram totalmente desvirtuadas da conotação infantil que tivera nos anos 80.
Eu também as usei, e olha que sou de 74. Mas não existia essa de sexo pela cor! Nem sexo existia, existia apenas a diversão de ter pulseiras de silicone que mais pareciam plástico com água dentro.
Tudo era novidade, era uma diversão só.

Daí meu amigo, eu voltei ao tempo geral. Lembro-me dos anos 80 como a época da breguice total. Do surgimento do novo mundo. Tudo que rolava na TV estava vindo pra gente.

Eu comecei  aos sete anos logo a possuir um relógio. O relógio do Mickey! Eu achava maior barato, gostava muito. Era de dar corda, você colocava no braço e saia mostrando pro povo sem nem saber as horas. Também foi uma das únicas coisas que eu ganhei que eu adorava.

A situação financeira de meus pais não ajudava muito a ter o "do bom e do melhor". Quando meu relógio do Mickey quebrou, ganhei de meu pai um cebolão da Citizen. Eu achava maior ridículo usar aquele cebolão, vivia fingindo que não sabia onde tinha deixado.

Depois veio a moda dos tênis. Porra, meus tênis de preferência, de verdadeira adoração era os All Stars, Bamba, Rainha Topper e outros...

Sabe o que eu ganhei? Uma bota ortopédica!!

O fdp do médico disse que eu tinha pés chatos e que poderia acabar tendo que usar aqueles aparelhos que o personagem d filme Forrest  Gump usou quando criança. Eu meio que apavorei. Minha mãe conseguiu comprar umas botas do tipo Frankenstein Junior.

Minha primeira decepção foi na aula, acabei descobrindo que quando eu caminhava o assoalho todo de taco fazia um maior barulhão, e isso era só um estopim para a galera me zoar lindo.

E quando eu jogava bola? Eu já nem era lá essas coisas jogando de tênis. E com botas ortopédicas então – vix !!! Não tinha a menor chance de acertar uma bola.

Certa vez estava na rua batendo uma bolinha com aqueles gols feitos de pedras de paralelepípedos em cada lado do campo improvisado na rua.

Era dia de pelada acirrada. A rua lotada de meninos.

Certa altura sobrou à bola pra mim, eu subi ao ataque com aquele jeito todo sofisticado de carregar a bola com minha bota “especial”. Quando me deparei com o golzinho aberto, só deu pra mim, era minha vez de fazer o gol e sair vitorioso.

Parênteses na historia.

Nesse dia tinha uma babá que era empregada da nossa vizinha, e tomava conta do filho dela que tinha quase 2 anos o moleque.
Eu achava essa babá super gatinha. Maior infante-apaixonite por ela; eu dava tudo pra ficar vendo aquela loirinha de olhos verdes sorrindo timidamente para mim toda vez que a gente se cruzava. Note que eu fazia que isso acontecesse todos os dias. Nem que eu ficasse plantado na rua sob o sol quente.

Fecha Parênteses.

Pois bem, ela estava naquele dia da partida, que por sinal -tinha mais de quatro galeras das ruas de cima e de baixo. Parecia final Corinthians e Palmeiras.

Eu lá pronto pra chutar, era só finalizar, pronto bati firme na bola.

O que eu imaginava era que a bola seguiria reta para gol, não que ela fizesse uma curva, igual tacada espirrada de mesa de sinuca. A bola simplesmente saiu toda torta para a esquerda, como se eu tivesse apontando pra calçada e pros “torcedores”, que estavam no mínimo esperando o gol e não um pé torto  como eu que tivesse feito isso...

O que aconteceu foi doloroso demais pras minhas pretensões românticas. Eu simplesmente consegui acertar a testa do guri que estava nos braços da babá...  fazendo-o cair pra trás junto com ela que estava de vestido curto, mostrando todos os fundos para a rua toda.

Foi o auge da minha humilhação!
A molecada dando maior gargalhada, a mina com o guri chorando com um baita vermelhão na testa. A mãe do garoto correndo abanando o menino  para não engolir o choro de roxo que ficou. E a maior bronca na pobre da babá que não era lugar pra ela estar com o filho dela.

Amigos... Fui banido completamente da vida da loirinha. Nunca mais ela nem olhava de lado. Ela manteve o emprego e eu perdir a cara em algum lugar no chão.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Dia dos meus amigos




Não sou muito de ir na onda das coisas criadas pelo modo contemporâneo da sociedade. O dia do amigo é criação recente, isso há 10 anos ninguém nem falava, mas a interação social cibernética permite dentre tantas besteiras “boas” – ótimas sacadas como essa do AMIGO. Porque ele merece. 

A entidade AMIGO é uma razão para alguns  chamar de irmão e irmã, no conceito mais restrito da palavra. Tenho mais amigos do que sou capaz de merecer. Nem sempre consigo honrar seus votos de amizade.
Mas amigo é todo aquele que no momento certo aparece e sabe esquecer diferenças. Amigo é o doido da voadora no meio da briga, quando você nem mesmo tinha razão. Amigo é cara que te bota o apelido porque ele pode – ele te conhece profundamente. Dentre muitos que apenas ouvirão você reclamar da vida ou dos problemas, ele será aquele que te pegará pela mão e dirá: “ Vamos resolver “.

O amigo sincero não espera retorno de nada, faz porque tem história contigo. Mas longe da poesia de falar bem de todos, eu valorizo também o amigo que diz “verdades“ que você precisar ouvir; e te abraça quando tudo que merecia era uma bronca. Ele não esconde o que sente, mas não refuta em pedir desculpas e ir atrás. Na amizade sincera é que nascem todas as coisas boas da vida. No voto de um amigo tem poesia para toda vida. Ele é o ser que te acalma, quando tudo diz não para você. É o cara do emprego; é o construtor do carrinho de rolimã; é quem te ensinou as primeiras embaixadinhas no futebol; o que te chamou de grosso e riu da sua cara, mas nunca te deixou de fora do time dele. O amigo cresce contigo, assim como tudo na vida envelhece paulatinamente... sofre, chora rir, casa, tem filhos e te chama para as festas de fim de ano, batizado e aniversário da garotada. Ele também pode nascer de hoje, do ontem – não precisa ser de longa data – basta ser amigo-amigo, e ter todas as qualidades possíveis de uma pessoa que a gente costumeiramente chama de “gente boa”. Na amizade profunda nasce também o amor; muitos enamorados experimentaram a doce razão de serem bons amigos e se descobrirem entusiasmados um pelo outro. É das relações -  a mais duradoura e cheia de perdões ao longo da vida. Um amigo te chama para conversar, ir ao cinema, beber uma, trocar ideias, espantar crises e às vezes decidir caminhos. Não conheço na concepção infinita que dou a palavra “AMIGO” nenhum que permaneceu na bronca por muito tempo. A gente é reflexo do outro até nos erros, errar faz parte; continuar é falta de respeito.

Se hoje é dia do amigo eu não sei; o que sei é que AMIGO a gente faz com muito afeto e não esconde defeito; amigo? É guardado no lado esquerdo do peito.
Se você é bobo(a) suficiente para perder um grande amigo, pense nisso: Na vida toda teremos diversos tropeços, quedas e recomeços, todos de uma maneira ou outra, necessitará de alguém que estenda a mão... quantos hoje realmente são esses?

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Sonhos de Ícaro



 Os sonhos foram feitos para serem realizados!
É uma afirmação sincera, essa que eu digo. Todos foram feitos para serem realizados, até os mais impossíveis. Eu vi um filme outro dia que fala muito disso. Em contrapartida o ser era um tetraplégico, e se formos realistas muitos desses sonhos para ele ficarão para serem vividos em outra vida; nessa não dá mais.
Será mesmo?
O problema não é quão alto é seu sonho. Nem quão grande e dolorosa é sua queda. Cedo ou tarde estaremos nos dois lados da vida. O problema é que tem gente trazendo a infelicidade para morar com ela, antes mesmo de realizar seus sonhos, porque acredita muito que só será pleno se realiza-lo. Eu até entendo, conheço alguns indivíduos que saíram do nada para a glória de conquistar bens, pessoas e estabilidade financeira. São merecedores de todos os aplausos, pois venceram etapas que se propuseram seguir. Mas não é assim com todos, e você sabe muito bem o que eu digo; há os que ficaram pelo meio do caminho. Essas pessoas não merecem? Merecem tanto quanto os vitoriosos, não há derrotados, até que o último suspiro seja emitido. Temos é que ter o bom senso afiado. E a humildade de contornar obstáculos, quando eles se apresentarem alto demais. Não é uma corrida para quem chega primeiro, não existe um pote de ouro no fim do arco íris. A sua vida segue um ritmo certo para você.  O que devemos ter em mente é que podemos sim ser feliz com o suco na mesa, tanto quanto o que tem a garrafa de vinho do Porto. Basta sonhar alto, e seguir adiante. Um passo de cada vez, um choro ou uma lágrima que cai nessa vida não é motivo para se desmotivar. Podemos viver do dia a dia e sonhar com o futuro, criando bases sólidas no agora. E quando falo em bases sólidas é não sofrer por antecipação. É não deixar de tentar as coisas, ser feliz com o que tem; ser paciente, viver a vida com os olhos e pés bem fixos no presente. Se não foi como esperado? Paciência é a vida. Se não terminou como queria? Faz de seu jeito. Não desperdiçar os frutos do momento em decorrência de conquistas ainda não maturadas.  Não sonhe usando as asas de Ícaro.